Esse blog tem como objetivo apoiar as aulas de Biologia da Escola Estadual João XXIII (Ipatinga-MG).
Esse é o projeto "Biologia Virtual" que atende os alunos de segundo e terceiro anos. - no ar desde 2013 -
Olá PRIMEIRO ANO!
Esta é nossa sala de aula virtual. Usufruam deste espaço mesmo que seja por pouco tempo esse ano.
Como combinamos, aí está a vídeo aula sobre mitose. É só clicar no link abaixo e bons estudos!
Olá terceiro ano! O trabalho deste 4º bimestre será sobre engenharia genética e em dupla. Siga corretamente as orientações e em caso de dúvidas, me procure.
Os links dos artigos necessários para realização do trabalho, seguem abaixo (um deles é em inglês, mas só para ter uma ideia do que é o GloFish).
Leia atentamente os artigos (links acima) e as orientações
abaixo e elabore um texto com suas reflexões sobre os dois artigos:
1. O GloFish(Artigo
1)é um peixe fluorescente
vendido como animal de estimação nos Estados Unidos desde o início dos anos
2000, e que é também o primeiro animal transgênico liberado no mercado. O
intuito de seu desenvolvimento era criar um peixe que pudesse ser usado como
indicador de poluição, brilhando na presença de toxinas. O primeiro passo para
tal foi a introdução de um gene originário de água viva, que produz a proteína
GFP (green fluorescent protein), e sua expressão constante seria uma
etapa preliminar à sua expressão controlada por toxinas. Mas o apelo comercial
de um peixe fluorescente foi logo percebido, e hoje existe uma variedade de
GloFishs, de diferentes espécies, brilhando em diferentes cores, dependendo do
gene inserido (originário de anêmonas ou algas, por exemplo).
Pede-se que você elabore um pequeno texto, com no
máximo 15 linhas, expondo sua opinião a respeito desses peixes, se é contra ou
a favor de sua comercialização, e quais possíveis riscos ligados a eles você
consegue enxergar.
2. AElysia
chloroticaé uma lesma
marinha que se alimenta de algas e que é capaz de “englobar” os cloroplastos
dessas algas que consomem, conforme já é sabido desde meados da década de 1970(Artigo 2), sendo assim capaz de
realizar fotossíntese. Porém, recentemente, foi descoberto que ela é capaz não
só de incorporar esses cloroplastos, mas também de incorporar alguns genes da
alga em seu próprio genoma. Essa situação nos apresenta um animal
“naturalmente” transgênico, já que genes de uma espécie (algas marinhas) foram
incorporados em outra totalmente diferente (lesma marinha), sendo inclusive
estáveis e transmitidos aos descendentes. Os mecanismos pelos quais isso ocorre
estão sendo estudados, e podem servir de base para novos processos de
transgenia em animais.
Podemos traçar um paralelo entre o GloFish – um peixe
onde genes de algas marinhas foram adicionado por humanos, e a lesmaElysia chlorotica –um molusco onde genes de algas marinhas foram
adicionados por mecanismos do próprio animal. Assim, baseando-se no exposto, na
sua resposta à questão anterior e na reportagem (Artigo 2), pede-se que
você elabore um pequeno texto, com no máximo 15 linhas, expondo sua opinião a
respeito dessa lesma, e se você conseguem enxergar possíveis riscos ligados a
ela, já que é um animal transgênico.
A segregação independente de dois ou mais pares de genes
Além de estudar isoladamente diversas características fenotípicas da ervilha, Mendel estudou também a transmissão combinada de duas ou mais características. Em um de seus experimentos, por exemplo, foram considerados simultaneamente a cor da semente, que pode ser amarela ou verde, e a textura da casca da semente, que pode ser lisa ou rugosa.
Plantas originadas de sementes amarelas e lisas, ambos traços dominantes, foram cruzadas com plantas originadas de sementes verdes e rugosas, traços recessivos. Todas as sementes produzidas na geração F1 eram amarelas e lisas.
A geração F2, obtida pela autofecundação das plantas originadas das sementes de F1, era composta por quatro tipos de sementes:
Com base nesse e em outros experimentos, Mendel aventou a hipótese de que, na formação dos gametas, os alelos para a cor da semente (Vv) segregam-se independentemente dos alelos que condicionam a forma da semente (Rr). De acordo com isso, um gameta portador do alelo V pode conter tanto o alelo Rcomo o alelo r, com igual chance, e o mesmo ocorre com os gametas portadores do alelo v.
Uma planta duplo-heterozigota VvRr formaria, de acordo com a hipótese da segregação independente, quatro tipos de gameta em igual proporção: 1 VR: 1Vr: 1 vR: 1 vr.
Em 1902, o médico austríaco Karl Landsteiner e alguns cientistas conseguiram classificar o sangue humano em quatro tipos: A, B, ABeO. Durante as pesquisas, descobriu-se que alguns tipos sanguíneos eram incompatíveis, e essa incompatibilidade devia-se a uma reação imunológica entre substâncias dissolvidas no plasma sanguíneo e substâncias presentes nas células do sangue, as hemácias. Passou-se então a chamar as substâncias aglutinógenas da membrana das hemácias de aglutinogênios; e as substâncias aglutinadoras do plasma de aglutininas. Abaixo podemos ver um quadro ilustrando os aglutinogênios e aglutininas do sistema ABO.
Grupo sanguíneo
Aglutinogênios
(nas hemácias)
Aglutininas
(no plasma sanguíneo)
A
A
anti – B
B
B
anti – A
AB
AB
---
O
---
anti – A e anti – B
A descoberta dos tipos sanguíneos foi muito importante, pois antes disso muitos acidentes foram causados, inclusive com pacientes indo a óbito por terem recebido um sangue incompatível com o seu. Dessa forma, é de extrema importância que, antes de se fazer uma transfusão sanguínea, se saiba o tipo sanguíneo da pessoa.
Se uma pessoa tiver o sangue tipo A, que apresenta aglutininaanti-B no plasma, ela não poderá receber sangue do tipo B e nem do tipo AB. O mesmo acontece com uma pessoa que tem o sangue tipo B, que, por apresentar aglutininaanti-Ano plasma, não pode receber sangue tipo A e nem tipo AB. Quem apresenta o tipo sanguíneo ABnão possui aglutininas no plasma e por isso pode receber qualquer tipo de sangue, sendo por isso chamado de receptor universal. Entretanto, as pessoas que apresentam o sangue tipo O e que possuem os dois tipos de aglutininas no plasmasó poderão receber sangue tipo O. Por outro lado, essas pessoas podem doar sangue para qualquer indivíduo, pois não apresentam aglutinogênios A e B, e por isso são chamados de doadores universais.
Mais uma postagem da genética relacionada com nossas aulas. Nesse vídeo iremos estudar o Fator Rh, a eritroblastose fetal e o sistema MN (não veremos em sala de aula, mas estará aqui no vídeo).
Bons estudos!!!
Dois conceitos importantes para o desenvolvimento da genética, no começo do século XX, foram os de fenótipo e genótipo, criados pelo pesquisador dinamarquês Wilhelm L. Johannsen (1857 – 1912).
Fenótipo
O termo “fenótipo” (do grego pheno, evidente, brilhante, e typos, característico) é empregado para designar as características apresentadas por um indivíduo, sejam elas morfológicas, fisiológicas e comportamentais. Também fazem parte do fenótipo características microscópicas e de natureza bioquímica, que necessitam de testes especiais para a sua identificação.
Entre as características fenotípicas visíveis, podemos citar a cor de uma flor, a cor dos olhos de uma pessoa, a textura do cabelo, a cor do pelo de um animal, etc. Já o tipo sanguíneo e a sequência de aminoácidos de uma proteína são características fenotípicas revelada apenas mediante testes especiais.
O fenótipo de um indivíduo sofre transformações com o passar do tempo. Por exemplo, à medida que envelhecemos o nosso corpo se modifica. Fatores ambientais também podem alterar o fenótipo: se ficarmos expostos à luz do sol, nossa pele escurecerá.
Genótipo
O termo “genótipo” (do grego genos, originar, provir, e typos, característica) refere-se à constituição genética do indivíduo, ou seja, aos genes que ele possui. Estamos nos referindo ao genótipo quando dizemos, por exemplo, que uma planta de ervilha é homozigota dominante (VV) ou heterozigota (Vv) em relação à cor da semente.
Fenótipo: genótipo e ambiente em interação
O fenótipo resulta da interação do genótipo com o ambiente. Consideremos, por exemplo, duas pessoas que tenham os mesmos tipos de alelos para pigmentação da pele; se uma delas toma sol com mais frequência que a outra, suas tonalidades de pele, fenótipo, são diferentes.
Um exemplo interessante de interação entre genótipo e ambiente na produção do fenótipo é a reação dos coelhos da raça himalaia à temperatura. Em temperaturas baixas, os pelos crescem pretos e, em temperaturas altas, crescem brancos. A pelagem normal desses coelhos é branca, menos nas extremidades do corpo (focinho, orelha, rabo e patas), que, por perderem mais calor e apresentarem temperatura mais baixa, desenvolvem pelagem preta.
Determinando o genótipo
Enquanto que o fenótipo de um indivíduo pode ser observado diretamente, mesmo que seja através de instrumentos, o genótipo tem que ser inferido através da observação do fenótipo, da análise de seus pais, filhos e de outros parentes ou ainda pelo sequenciamento do genoma do indivíduo, ou seja, leitura do que está nos genes. A técnica do sequenciamento, não é amplamente utilizada, devido ao seu alto custo e pela necessidade de aparelhagem especializada. Por esse motivo a observação do fenótipo e análise dos parentes ainda é o recurso mais utilizado para se conhecer o genótipo.
Quando um indivíduo apresenta o fenótipo condicionado pelo alelo recessivo, conclui-se que ele é homozigoto quanto ao alelo em questão. Por exemplo, uma semente de ervilha verde é sempre homozigota vv. Já um indivíduo que apresenta o fenótipo condicionado pelo alelo dominante poderá ser homozigoto ou heterozigoto. Uma semente de ervilha amarela, por exemplo, pode ter genótipo VV ou Vv. Nesse caso, o genótipo do indivíduo só poderá ser determinado pela análise de seus pais e de seus descendentes.
Caso o indivíduo com fenótipo dominante seja filho de pai com fenótipo recessivo, ele certamente será heterozigoto, pois herdou do pai um alelo recessivo. Entretanto, se ambos os pais têm fenótipo dominante, nada se pode afirmar. Será necessário analisar a descendência do indivíduo em estudo: se algum filho exibir o fenótipo recessivo, isso indica que ele é heterozigoto.
Cruzamento-teste
Este cruzamento é feito com um indivíduo homozigótico recessivo para o fator que se pretende estudar, que facilmente se identifica pelo seu fenótipo e um outro de genótipo conhecido ou não. Por exemplo, se cruzarmos um macho desconhecido com uma fêmea recessiva podemos determinar se o macho é portador daquele caráter recessivo ou se é puro. Caso este seja puro todos os filhos serão como ele, se for portador 25% serão brancos, etc. Esta explicação é muito básica, pois geralmente é preciso um pouco mais do que este único cruzamento.
A limitação destes cruzamentos está no fato de não permitirem identificar portadores de alelos múltiplos para a mesma característica, ou seja, podem existir em alguns casos mais do que dois alelos para o mesmo gene e o efeito da sua combinação variar. Além disso, podemos estar cruzando um fator para o qual o macho ou fêmea teste não são portadores, mas sim de outros alelos.